sexta-feira, 31 de julho de 2009

Projeto Vida - Eu faço parte deste empreendimento

Queridos amigos,

É com muita gratidão e toda alegria que me faço porta-voz de centenas de crianças que têm sido atendidas pelo Projeto Vida aqui em Moçambique.

Nestes dois anos em que tenho trabalhado aqui, o Senhor tem aberto portas e facilitado sobrenaturalmente meu trabalho. Aquilo que começou com um sonho, tornou-se hoje uma realidade que trouxe real significado à minha vida.

Iniciamos o trabalho em meados de 2006, junto a escolinhas comunitárias, usando um programa de educação pré-escolar cristão, que para além de alfabetizar, também evangeliza. Essas escolinhas recebem muitas crianças órfãs e necessitadas, dos bairros periféricos da cidade de Maputo, capital de Moçambique. No inicio tínhamos 120 crianças.

Em finais de 2006, vendo a necessidade que essas comunidades tinham, e a completa falta de recursos, entendemos que seria necessário dar mais do que livros escolares. Então o Senhor nos moveu a, pela fé, começar a construir uma escola. Onde antes as crianças se reuniam debaixo de um cajueiro para suas aulas, vimos ser erguida uma escolinha, muito simples, mas cheia da graça do Senhor.

No ano passado, o Senhor aumentou o numero de escolinhas, das 4 iniciais para 9 e as crianças chegaram ao numero de 250. Nesse ano somos 13 escolinhas e temos cerca de 500 alunos. Continuamos a crescer, porque as crianças ainda continuam a chegar.

Um outro desafio que temos é o de manter cerca de 50 órfãos, entre 3 e 17 anos, que fazem parte de nosso programa. Fornecemos todo material escolar, roupas, produtos de higiene pessoal e alimentação. Duas células de adolescentes estão sendo frequentadas por esses adolescentes órfãos que estão conosco no programa.

Contamos com suas constantes orações e com seu amor.

Lembrem-se sempre de nós.

No amor do Senhor Jesus,

Magaly da Silva Franco

Projeto Vida - Moçambique

e-mail: magaly@fundacaovida-africa.org

site: www.fundacaovida-africa.org

fone: + 258 82 564.4851

msn: maggysilvabr@hotmail.com

skype: maggysilva


Se você quiser nos abençoar nesse ministério, por favor, envie suas ofertas para:

Magaly da Silva Franco

Banco Bradesco

Ag.: 1221-1

C/C: 51489-6

Que Deus os abençoe.


Agosto de Deus - Sua vida vai mudar!

No mês de Agosto temos uma extraordinária programação onde denominamos "Agosto de Deus".
Participe aos domingos em dois horários, 17 e 19h. Local: Rua Fortaleza Qd. 17 Lt. 10 St. Urias Magalhães - Goiânia, Goiás.
acesse o blog do Agosto de Deus e deixe seu comentário, veja as novidades e programações. Clique aqui

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A crise é a melhor bênção que pode ocorrer

“Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar superado. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções.
A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.”

Por Albert Einstein

O trabalho pode ser adoração

“Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus”. Colossenses 3:17

Você já viu o quadro O Ângelus de Jean-Francois Millet? Ele retrata dois camponeses orando em seu campo. A torre de uma igreja fica no horizonte, e uma luz cai do céu. Os raios não recaem na igreja, todavia. Eles não recaem nas cabeças curvadas do homem e da mulher. Os raios do sol recaem no carrinho de mão e no garfo de lavoura aos pés do casal.

Os olhos de Deus recaem no trabalho de nossas mãos. Nossas quartas-feiras importam para ele tanto quanto nossos domingos. Ele não distingue o secular do sagrado. Uma mãe que fica em casa observa este sinal na pia da cozinha: “Divinas tarefas executadas aqui”. Uma executiva pendura esta placa em seu escritório: “Minha mesa é meu altar”. Ambas estão certas. Com Deus, nosso trabalho importa tanto quanto nossa adoração. Na verdade, o trabalho pode ser a adoração.

Por Max Lucado

Como sonhar grande

Todos precisam ter um sonho. Quando qualquer um de nós iniciou sua vida no ministério, provavelmente iniciou com um grande sonho. Infelizmente, na medida em que o tempo de ministério vai passando, seus sonhos encolhem para o tamanho da situação que enfrenta. Provavelmente no início de seu ministério você pôde enxergar antecipadamente grandes coisas. Com o passar do tempo, as circunstâncias tendem a encolher seus sonhos.

Se você está se envolvendo com o ministério, precisa ser um sonhador. Precisa ter fé no que Deus vai realizar através de seu ministério. A Bíblia diz: “Sem fé é impossível agradar a Deus...” (Hb 11.6). Fé começa no momento em que você sonha, tem uma visão.

Todas as pessoas, todos os ministérios e todas as igrejas precisam de um sonho. Se você não está sonhando, está morrendo. Não creio que exista essa idéia de uma pessoa grandiosa. Creio que existem pessoas comuns comprometidas com grandes sonhos. Quando uma pessoa comum está comprometida com um grande sonho, isso a faz grandiosa. Se deseja ser saudável, precisa ter um sonho nessa direção.

Talvez você esteja no ministério por tanto tempo que tenha se esquecido de como é sonhar. Ou talvez esteja apenas começando e não teve a chance de contemplar o que Deus deseja fazer através de sua vida. Ou talvez esteja entre os dois. A despeito disso, aqui estão oito passos para ajudá-lo a descobrir os sonhos de Deus para sua vida.

1. Abra sua mente para Deus.
Se você for fazer isso, vai precisar se aquietar diante do Senhor. Agende momentos de silêncio, fique sozinho. Para muitos de vocês Deus não pode dar seu sonho porque você não consegue sentar e calar-se! Você precisa estar quieto diante de Deus. Comece por ter a perspectiva de Deus em sua vida.

2. Faça pesquisas.
Você não consegue tomar boas decisões sendo ignorante. Este é um ponto que muitos desconhecem quando têm um sonho. Oram por isso, mas não vão adiante, buscando os fatos. A Bíblia diz que é tolice não ter conhecimento e reflexão (Pv 18.13). Pense antes de agir. Leia livros, vá a conferências, visite outras igrejas – mas conheça os fatos.

3. Comece buscando conselhos.
Lembre-se, é melhor admitir sua ignorância do que prová-la na sua experiência. Você vai parecer tolo de todas as maneiras se não buscar conselhos sábios. Então, vá em frente e pergunte. Seja humilde. Seja ensinável. Líderes são aprendizes.

4. Estabeleça algumas prioridades.
Você não vai ter tempo para fazer tudo, assim, tem que aprender a diferença entre o importante e o urgente, o que auxilia e o que causa mudança de vida, ser eficiente e efetivo. Eficiência é fazer as coisas de maneira certa; efetividade é fazer as coisas certas. Você precisa se concentrar em fazer as coisas certas. Quando faz isso, você desenvolve um plano e realiza seus sonhos – e é isso que é essencial.

5. Avalie os custos.
Isso é o que chamamos de risco calculado. Provérbios 20.25 diz: “É uma armadilha consagrar algo precipitadamente e só pensar nas conseqüências depois que se fez o voto”. Você precisa perguntar três coisas quando estiver planejando sobre seu sonho:
* É necessário? (Posso atingir meu alvo de outra maneira?)
* Quanto vai custar? (Qual é o preço que está na etiqueta – em termos de tempo, energia, dinheiro e reputação?)
* Vale a pena? (Esta é a pergunta mais importante.)

6. Planeje para enfrentar os problemas.
Seus planos devem visualizar os problemas. Coisas vão dar errado. Você estará preparado quando isso acontecer? Provérbios 22.3 diz: “O prudente percebe o perigo e busca refúgio; o inexperiente segue adiante e sofre as conseqüências.” Pergunte-se: “O que pode dar errado com esse sonho?” E também “O que vai acontecer se for assim?”. Isso não é ser pessimista. A Bíblia diz que é apenas ser sensível.

7. Esteja pronto para arriscar. Enfrente seus medos.
A maioria das pessoas não enfrenta os riscos ministeriais porque têm medo. Provérbios 29.25 diz: “Quem teme o homem cai em armadilhas,mas quem confia no Senhor está seguro.” Odiamos ter que admitir isso quando estamos com medo. Deus diz para ir em frente e admitir o medo. Medo não é sinal de fracasso, é sinal de humanidade.

Mas o segredo de estar adiante do medo é saber quem lhe deu o sonho. Provérbios 14.26 diz: “Aquele que teme o SENHOR possui uma fortaleza segura...”. Quando você sabe que seu sonho provém de Deus, isso lhe dá segurança. Isso lhe dá confiança de ir em frente. Se você sabe de onde seu sonho vem, não vai dar tanto valor ao que os críticos dizem. Você não vai deixar que as pessoas lhe digam que isso não é possível. As leis podem ser mudadas. O dinheiro pode ser levantado. O que importa é que Deus disse para fazer.

8. Faça isso agora.
Aqui está o ponto de decisão onde você pára de falar e começa a agir. Você precisa começar. Uma vez decidido que vale a pena arriscar, precisa ir em frente. Vai chegar um momento em sua vida que você vai dizer: “Deus me chamou para fazer isso. E eu vou fazê-lo.”

Não custa nada sonhar. Sonhe grandes sonhos para seu ministério. Tudo que é possível hoje em nossa sociedade era impossível tempos atrás: carros, computadores, aviões, micro-ondas, Internet. As impossibilidades de hoje são os milagres de amanhã.

Texto adaptado de Rick Warren

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Para Refletir e Expressar

Segundo Leonardo Boff "Ler significa reler e compreender, interpretar". Assim ele conclui que "cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam".
Bem, se for possível, me apresente sua leitura deste raciocínio. Fale sobre seus olhos e pés a partir deste pensamento.
Aguardo sua participação

sábado, 11 de julho de 2009

A parábola dos pescadores sem peixes

Autor desconhecido

Era uma Associação de Pescadores, que viviam no meio de rios e lagos, cheios de peixes famintos. Eles se reuniam regularmente para discutir sobre o chamado para pescar, a abundância de peixe e a emoção de pegar peixes. Ficavam muito animados com o assunto da pescaria.

Alguém sugeriu que o grupo precisava de uma filosofia de pesca. Assim, cuidadosamente, definiram e redefiniram a pesca e o propósito da pescaria. Desenvolveram estratégias e táticas. De repente perceberam que haviam começado de trás para frente – haviam se interessado pela pescaria do ponto de vista do pescador, e não do ponto de vista do peixe. Como o peixe vê o mundo? Como vê o pescador? O que e quando o peixe come? Era importante entender essas coisas. Por isso, iniciaram estudos e pesquisas. Participaram de conferências sobre a pescaria. Muitos viajaram a lugares longínquos para estudar diferentes tipos de peixes, com diferentes hábitos. Alguns obtiveram Ph.D. em piscicultura.

Contudo, ninguém havia ido pescar. Formou-se, então, um comitê para enviar pescadores. Havia muito mais lugares propícios para pescar do que pescadores. Por isso, o comitê precisava determinar prioridades. A lista de prioridades foi colocada em quadros de avisos em todos os salões da Associação.

Mas, como antes, ninguém estava pescando ainda. Foi feita uma pesquisa para saber por quê. A maioria não respondeu ao questionário, mas, entre os que responderam, descobriu-se que alguns se sentiam chamados para estudar a pesca, outros para fornecer equipamentos de pesca e outros, ainda, para encorajar os pescadores. E, com tantas reuniões, conferências e seminários, simplesmente não tiveram tempo para pescar.

Jacó era novato na Associação de Pescadores. Depois de uma reunião muito animada, ele foi pescar. Fez algumas tentativas, pegou o jeito e conseguiu pegar um lindo peixe! Na reunião seguinte, ele contou sua história e foi elogiado pelo sucesso. Acabou sendo convidado para falar em todos os núcleos da Associação e contar como havia sido a sua pescaria. Assim, com tantos compromissos e por ter sido eleito para a diretoria da Associação, Jacó nunca mais teve tempo para pescar.

No entanto, não demorou muito e ele começou a se sentir intranqüilo e vazio. Teve saudades da pesca propriamente dita, de sentir o puxão no anzol. Assim, decidiu deixar a diretoria da Associação, bem como os demais compromissos com os núcleos, e convidou um amigo para ir pescar com ele. Os dois foram – sozinhos – e pegaram peixes.

Os membros da Associação de Pescadores eram muitos e os peixes eram abundantes. Mas os pescadores continuavam sendo muito poucos.

Fonte: Ultimato

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O Movimento de Missão Integral no Pentecostalismo Assembleiano

Por Ronny Marcos Gomes de Almeida Vargas

A proposta de desenvolver um texto reflexivo quanto à importância do movimento de Missão Integral para a minha igreja emerge de um contexto acadêmico exploratório desta vertente missiológica. Faz-se notório salientar que minha realidade eclesial desconhece a existência de tal fundamentação missiológica, haja vista que pertenço a um contexto pentecostal assembleiano. Assim, inicio minha reflexão partindo de um porto a qual desemboca em águas ainda não navegáveis para minha formação teológica.

Cabe aqui trazer uma definição do que vem a ser missão integral, onde cristaliza a partir do pacto de Lausanne sua regra áurea: O Evangelho todo, para o ser humano todo, para todo o ser humano. Seguindo este raciocínio da definição, segue o entendimento de trazer um evangelho com todas as suas implicações para um ser humano que vai além de sua “alma”, e ainda, para todo ser humano caracterizando a universalidade da obra divina.

A teologia da integralidade da missão, caso prefira, missão integral – nada pessoal – traz a percepção na leitura bíblica da existência de uma razão de vida e permanência do cristão e da igreja crista neste mundo. A idéia de enviados com uma missão permeia todo ideal teológico nesta leitura bíblica.

Quando menciono águas não navegáveis faço referencia a uma ignorância da existência desta missão apresentada desde o Gênesis até ao Apocalipse, pois nossos guetos missiológicos nos conduz à poucos textos como o Mateus 28.19-20 e Marcos 16.15-16. Este envio com uma missão agride minha formação teológica-eclesial onde pregamos incisivamente a salvação de almas de forma individual e exclusivista ou pouco mais do que isto, desconhecemos assim, a concepção da restauração da raça humana num olhar coletivo e inclusivista. Isto reflete a necessidade da integralidade do evangelho premissa da Missão Integral.

Um ponto muito destacado pelo movimento de Missão Integral é a atuação da igreja perante a comunidade como agente da missão transformadora de Deus onde a resultante não é apenas o acréscimos de adeptos ou mesmo construção de prédios litúrgicos, que denominamos igrejas.

A presença da Igreja-com-missão no mundo desemboca numa atuação transformadora de seu ambiente relacional atingindo aqueles que estão além-paredes, trazendo uma mensagem terapêutica para um ser humano que é “biopsicosocioeconomicoespitural”, ultrapassando o limite de uma “alma” para o Senhor em um horizonte de bairros, cidades, governos, enfim integral. A realidade pentecostal desprovida de conhecimento do movimento de Missão Integral tem atuado de acordo com aquilo que recebeu de seus pais. Não quero aqui atirar pedra em nossos pais até porque estes conseguiram realizar sua tarefa dentro de um conhecimento a eles revelado. Agora, pesa sobre meus ombros a responsabilidade de transpor este ambiente ignorante, já que estou ciente e consciente da importância de uma leitura integral missiológica para a igreja.

Neste ambiente de transição na hermenêutica bíblica denominacional para uma hermenêutica bíblica missional apresenta-se um futuro ainda mais resplandecente para o movimento pentecostal que é sem discussão o maior movimento eclesial. Tenho a convicção de que somos uma terra boa e preparada para receber esta semente que sem dúvida alguma resultará numa colheita de frutos ainda não visto ao longo da história.

Embora, creio que não será tão rápida a compreensão deste “modus vivedi” ou “práxis” para a igreja e para o cristão. Apresentar uma mensagem integral, para um homem integral e ainda, a universalidade dos homens assume talvez meu desafio ministerial para com meus pares denominacionais.

Concluo louvando a Deus por ter me proporcionado este acesso a tais riquezas de conhecimento. Em resposta ofereço-me como instrumento em suas mãos para influenciar aqueles que estão à minha volta com uma responsabilidade de uma hermenêutica bíblica missional integral.

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Artigo apresentado no curso DMin da FTSA

O que é uma igreja missional?

Me ajude a responder esta pergunta. Deixe sua opinião sobre a igreja e sua finalidade.

A importancia da leitura

“Quando tenho algum dinheiro, compro livros. Se ainda me sobrar algum, compro roupas e comida" [Erasmo de Roterdã].

Você é viciado em livros? Por que você lê?

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Chamados para gerar filhos espirituais

Por: Pr. Marcelo Almeida :.

“Quais são os filhos que você tem gerado para Deus?”

O que fazer para uma pessoa que queremos muito agradar?
Nos dias de hoje, como igreja, somos levados a agradar ao Senhor. O que temos feito para agradar a Deus? Quais são os frutos que temos apresentado a Ele? Como e o que é agradar a Deus? Somente palavras bastam? O que vamos levar para o Senhor quando estivermos diante Dele?

Deus revela seu desejo de forma prática: nos tornar um cristão com foco que sabe onde e como investir. Pessoas sem foco são aquelas que dão tiro para todo lado e não acertam em alvo algum, não alcançam nada, não constroem, não edificam nada. Suas vidas não são mudadas e não produzem frutos para Deus. Deus tem foco, Deus tem um desejo: Que todos se salvem e cheguem ao pleno conhecimento da verdade!

Historicamente a igreja do Senhor pensava que apenas a santidade agradava a Deus. As pessoas eram salvas, santificadas e ficavam esperando Jesus voltar. Toda a teologia e hinologia bíblica tinham a ver com isso. Mas tudo estava incompleto, pois agradar a Deus não é somente viver retamente. Depois, em uma época da história, entendemos que Deus procurava adoradores. Mais ainda faltava algo.

O principal desejo do coração de Deus é ter filhos com os quais Ele compartilha a Glória e a Presença Dele.
Mas Sua glória não deve ficar confinada em nós precisamos entender que Deus quer levantar uma descendência, uma geração.

A aliança de Deus com Abraão vale para nós hoje (Gênesis 15:1-6).

Quando Jesus chegar diante do Pai ele dirá: Eis me aqui e os filhos que tu me destes. E você, o que dirá?
O que agrada a Deus em mais alto grau é que você gere filhos espirituais.
Onde estão os seus filhos espirituais?

Jesus pagou um alto preço para compartilhar Sua Glória, Sua pessoa, que preço você esta pagando para dar continuidade no ministério que Ele confiou a você: gerar filhos e assim como Ele compartilhar Sua glória que já está em nós?

Mencionamos a seguir alguns motivos de esterilidade:

1 – Completa falta de conhecimento do noivo
A pessoa não gera porque não conhece o noivo. Tem uma visão limitada de Jesus. Ele está distante. Não conhece Seus desejos , Seus anseios , Sua vontade...

2 – Falta de intimidade com o noivo
Filhos são fruto de intimidade!
Podemos até conhecer Jesus, mas se não buscamos intimidade com Ele haverá ausência de fruto. Ninguém concebe sem intimidade.

Buscamos intimidade orando, lendo a bíblia, adorando...não podemos fazer isso uma vez por semana nos cultos ou nas células, devemos viver buscando Sua doce presença.

3 – Enfermidade
Dentro desse item existem três doenças que podem causar esterilidade:

a)Uma vida egoísta: Um Cristianismo egoísta, que leva em conta apenas o bem-estar próprio. Quem disse que temos de ter tudo, e do jeito que projetamos?

b)Gravidez abortiva. Falta de paciência com o novo convertido. Muitas vezes queremos que ele se torne crente, transformado e liberto do dia para noite.

c)Gravidez falsa. Ao invés de gerar filhos existem muitas outra coisas que a pessoa não abre mão e que ocupa o espaço em seu ventre. Tem sempre outras prioridades, nunca tem tempo para gerar. Postergação para gerar filhos.

4 – Intimidade egoísta
Quer Deus somente para si. Quer o noivo somente para ela, para o seu próprio desfrute. Tem intimidade, toca na presença de Deus, conhece a Deus, mas é egoísta.

Abraão levou décadas tentando gerar. Ele era um adorador andava em retidão, era um homem de obras, de bondade, de cuidados. Mas a bíblia não põe foco nisso, mas sim na perseguição desesperada para gerar filhos. Uma vida inteira para gerar UM filho. Naquele único filho estava o propósito de Deus.

Onde estão seus filhos espirituais?
Quando estivermos diante de Deus toda nossa vida cristã será medida em quantos filhos geramos. Somente com absoluta saúde espiritual podemos gerar. Em resumo, desde que nascemos de novo recebemos cura, restauração, bênçãos, fortalecimento com um propósito: sermos uma pessoa inteira diante Dele para que tenhamos perfeita saúde para gerar filhos espirituais. Ele está nos acompanhando como um bom Pai para que sejamos assim como Ele, a Sua imagem e semelhança: Pai de muitos tal qual Ele é.

Nós te desafiamos a ter filhos.

Quem você tem gerado? O que ocupa o espaço do seu útero?
E quando você chegar diante do Senhor, chegará de mãos vazias?
Se você quer agradar a Deus, gere filhos!
O foco de agradar a Deus é gerar filhos.

REFORMA E REAVIVAMENTO

Por: Rev. Hernandes Dias Lopes

A Igreja Evangélica Brasileira precisa de uma nova Reforma. Muitos daqueles que se dizem protestantes já não protestam mais. Muitos daqueles que se autodenominam evangélicos têm transigido com a verdade e caído na malha sedutora do pragmatismo e das falsas doutrinas. Doutrinas estranhas têm encontrado guarida no arraial evangélico. Novidades forjadas no laboratório do engano têm sido acolhidas com entusiasmo por muitos crentes. Floresce em nossa Pátria uma igreja que tem extensão, mas não profundidade. Cresce em números, mas não em maturidade. Tem influência política, mas não autoridade moral. Faz propaganda de um pretenso poder, mas transige com o pecado.

A Igreja Evangélica Brasileira precisa voltar às Escrituras. Muitos púlpitos estão sonegando aos crentes o pão verdadeiro e dando ao povo um caldo ralo e venenoso. Há aqueles que pregam o que o povo quer ouvir e não o que o povo precisa ouvir. Pregam para entreter os bodes e não para alimentar as ovelhas. Pregam para arrancar aplauso dos homens e não para levá-los ao arrependimento. Pregam prosperidade e não salvação. Pregam curas e milagres e não novo nascimento. Pregam auto-ajuda e não a ajuda do alto. Há muitas igrejas fracas e enfermas por estarem submetidas a um cardápio insuficiente e deficiente. A fraqueza e a doença começam pela boca. Há morte na panela. O veneno mortífero das heresias perniciosas destila em muitas cátedras teológicas. Muitos púlpitos espalham esse veneno e muitos crentes se intoxicam com ele. Precisamos colocar a farinha da verdade nessa panela, a fim de que o povo tenha pão com fartura na Casa do Pão.

A Igreja Evangélica Brasileira precisa voltar às grandes doutrinas da Reforma. Precisamos reafirmar que a Escritura é verdadeira, infalível, inerrante e suficiente e não podemos acrescentar à sua mensagem as revelações, sonhos e visões que emanam de corações errantes. Precisamos reafirmar que a fé em Cristo é suficiente para a nossa salvação e não podemos acrescentar a ela as obras, os méritos nem o misticismo variegado tão incentivado em tantos arraiais. Precisamos reafirmar que a graça de Deus é a única base sobre a qual recebemos a nossa salvação. O homem não merece coisa alguma a não ser o juízo divino, mas de forma benevolente, Deus suspende o castigo e nos oferece seu favor imerecido. Precisamos reafirmar que não há outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos, além do nome de Cristo Jesus. Precisamos reafirmar que a glória pertence a Deus e não ao homem, igreja ou instituição humana.

A Igreja Evangélica Brasileira precisa não apenas de Reforma, mas, também, de Reavivamento. Não basta ter doutrina certa, é preciso ter vida certa. Não basta ter apenas luz na mente, é preciso ter fogo no coração. Não basta apenas conhecimento, é preciso ter fervor espiritual. Não basta apenas conhecer doutrina, é preciso ser transformado e impactado por essa doutrina. A igreja de Éfeso tinha doutrina, mas lhe faltava amor. A igreja de Esmirna tinha amor, mas lhe faltava doutrina. Ambas foram repreendidas por Cristo. Precisamos de doutrina e amor, reforma e reavivamento. Não glorificamos a Deus com o vazio da nossa mente e a plenitude do nosso coração nem glorificamos a Deus com a plenitude da nossa mente e o vazio do nosso coração. Deus não é exaltado quando deixamos de conhecer a verdade nem Deus é glorificado quando deixamos de nos deleitar nessa verdade. Razão e emoção não são coisas mutuamente exclusivas. Elas se completam. A emoção que não provém de uma mente iluminada pela verdade é vazia, rasa e inconsistente. Uma mente cheia do conhecimento da verdade, todavia, que não exulta de alegria e santo fervor está, também, em total desacordo com a vontade divina. Oh! Que Deus nos desperte para o conhecermos verdadeiramente! Oh! Que Deus nos encha daquela alegria indizível e cheia de glória, a fim de que nos deleitemos nele e passemos a viver tão somente para a sua glória!


Extraido do site do Rev. Hernandes Dias Lopes

Palestra no Fórum Jovem de Missão Integral

por Ariovaldo Ramos

Boa noite! Graça e paz!

Privilégio muito grande estar com vocês. Realmente, um privilégio.

Eu queria convidá-los a abrirem suas Bíblias em Atos, capítulo 17, versículo 6. Nós vamos ler os versículos 6 e 7. Atos, capítulo 17, versículos 6 e 7.

(Tem gente que é conhecido pela palavra e outro pelo que bebe de água, não é?)

Texto bíblico: Porém, não os encontrando, arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui, os quais Jasom hospedou. Todos estes procedem contra os decretos de César, afirmando ser Jesus outro rei.

Oração: Pai querido, obrigado por tudo que o Senhor já nos falou. Eu rogo que o Senhor continue a nos ministrar através da tua Palavra, em nome de Cristo Jesus. Amém.

Bom, essa é uma cena que acontece em Tessalônica. Os discípulos Paulo e Silas são perseguidos, mas os perseguidores deles não os encontram. Encontram porém os seus hospedeiros, liderados por Jasom. Jasom era o grande responsável pela estada do Paulo e do Silas ali. E eles então arrastam Jasom até as autoridades com uma acusação: que Jasom havia abrigado dois baderneiros, duas pessoas que estão instando o povo contra o Império, contra a pessoa do César. E baseado em que eles fazem essa acusação? No fato de que estas duas pessoas, Paulo e Silas, eles advogam que há um outro rei, e que o nome dele é Jesus, e que isso é um atentado contra o Estado, isso é uma provocação e isso é um ato de sublevação.

E os adversários de Paulo e de Silas, os adversários de Jasom, os acusadores de Jasom tinham razão. Era mesmo. Eles só erraram uma coisa. O Paulo e o Silas não diziam que havia outro rei, eles diziam que havia um só rei, e que o nome dele era Jesus, e que todos tinham de se curvar diante dele. E isso é uma mudança de paradigma, é uma mudança de regime, é uma mudança de tudo o que tem a ver com os relacionamentos humanos.

E eu queria conversar com vocês um pouco sobre Missão Integral, sobre a minha perspectiva de Missão Integral. Porque o Renê está aqui, todos os outros estão aí, e eu vou dizer o que é Missão Integral? "Não sou doido! Eu sei lá o que é!" Mas como não dá pra navegar sem rumo, eu tenho uma perspectiva. Então é essa perspectiva que eu quero passar pra você, porque não dá pra montar num barquinho e não saber pra onde ir, então, "cê" desenha alguma coisa no horizonte, e é a partir desse desenho no horizonte que eu quero falar com vocês.

Eu vou "pegar carona" com o meu amigo Ziel Machado, que diz que a Missão Integral é uma proposta missiológica a partir de uma perspectiva do reino de Deus. E eu "vou na carona" dele porque eu acho que "é por aí" mesmo, pelo menos "é por aí" que eu me entendo quando falo de Missão Integral, e por isso eu escolhi esses dois textos, porque esses dois textos falam exatamente do transtorno que é uma mensagem que proclama um outro rei. Porque proclamar um outro rei é proclamar um outro reino, e proclamar um outro reino é proclamar um novo modo de vida, uma nova Carta Magna, um novo jeito de viver, um novo jeito de se relacionar, tudo agora é diferente: há um novo reino, uma nova dinastia, e esse reino não tem nada a ver com o reino que o antecedeu, portanto, inaugura-se uma nova dimensão para a humanidade. "Tem um novo rei, tem um novo reino. Tem um novo reino, tem uma nova estrutura de Estado, de governo, de relacionamentos etc."

Então a minha primeira perspectiva é essa, que a primeira coisa que o conhecimento do reino de Deus traz é a mensagem de uma ruptura. Se tem um novo rei, então houve uma revolução, porque o outro reino, o reino anterior a esse e tudo o que tinha a ver com ele acaba de ser relativizado, acaba de não valer mais, acaba de não ter mais nenhum valor pra conduzir a vida dos homens. E isso é um estado de guerra, isso é um estado belicoso declarado de forma enfática e sem desculpas. "Trazemos a mensagem de um novo rei, de um novo reino. Na verdade, ele não é um novo rei nem é um novo reino do que nós estamos falando. Nós estamos falando do único rei e do seu reino." Então isso é um ataque frontal a tudo que está posto, isso é um ataque frontal a tudo que está determinado, isso é um ataque frontal a tudo que parece que já estava estabelecido.

Bom, a primeira grande notícia que esse reino traz é que é possível entrar nesse reino. Essa é a primeira grande notícia, porque se você pensar nas categorias romanas, a chegada dos romanos numa nova terra, significa que a terra provavelmente vai ser tomada, porque era impossível vencer as hostes, as legiões romanas e todo mundo vai ser escravo. "Porque os romanos vem aí e os romanos vão escravizar todo mundo." Não dá pra ser cidadão romano. O grande trunfo que o Paulo teve, que o levou ao ser julgado, a apelar para César, é que ele era cidadão romano, e o próprio centurião que o levava disse que só conseguiu isso à custa de muito sacrifício. E o Paulo disse: Eu nasci romano, eu sou romano de nascença. Por que? Porque se você não é cidadão romano, você é escravo dos romanos. Então a chegada de um novo reino significa em princípio dentro daquela perspectiva: "Vamos ter uma batalha, vamos ter uma guerra e os derrotados serão escravizados." Bom, esse reino começa com uma boa notícia, e a boa notícia é que todo mundo pode entrar nesse reino, as portas do reino estão abertas, todo mundo é bem-vindo, todo mundo está convidado a mudar de lado, a vir para o reino. O reino não faz escravos, o reino não faz prisioneiros, o reino só liberta. Essa é a primeira grande notícia desse reino. Este não é um reino que faz escravos, este não é um reino que faz prisioneiros, este é um reino que só liberta.

Então isso é extraordinário, essa é a primeira lição, a primeira grande notícia. "Todo mundo é bem-vindo para esse reino. Pode vir, as portas estão abertas." E esse reino é extraordinário porque quando você vê esse reino você já está dentro. Lá em João, capítulo 3, Jesus Cristo disse isso de forma muito curiosa. Ele diz assim no versículo 5: "Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus". E depois, ele diz mais, ele diz que "quem não nascer da água e do Espírito não pode ver o reino de Deus". E isso é interessante porque ele diz assim: "Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". Isso no versículo 3 e depois no versículo 5 ele diz: "Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus", que é a mesma coisa que nascer de novo. Isso quer dizer que o reino de Deus é um reino que a gente só vê quando está dentro, porque "se não nasce de novo não pode ver, se não nasce de novo não pode entrar" então quando vê já está dentro. É como se você estivesse andando numa praça, todo dia você passa por aquela praça e você não sabe que ali tem uma nave espacial pousada e você não sabe porque a nave é invisível, logo, você não a vê e não pode ver mesmo, é invisível, então você está passeando na praça, de repente, um dia, a porta da nave se abre e você é sugado pra dentro e você diz: "Uma nave!" Pronto! Se viu é porque já está dentro. Então o reino é a mesma coisa, quando você viu o reino você já está dentro. O reino de Deus tem essa coisa, e todo mundo pode ser tragado pelo reino de Deus. O reino de Deus está aqui para tragar todas as pessoas para a liberdade. Então esse reino não faz escravos, esse reino não faz prisioneiros, esse reino só liberta. Essa é a primeira grande notícia desse reino.

Mas esse reino também tem uma série de outras coisas, aliás, eu queria aproveitar o ensejo, antes de dizer na minha perspectiva o que é Missão Integral, é dizer o que não é Missão Integral. Na minha perspectiva, Missão Integral não é Igreja fazendo ação social. "Tá certo?" Então logo de cara, Igreja fazendo ação social não é Missão Integral. Missão Integral é uma outra coisa, primeiro é o anúncio de um reino. Um novo rei, um novo reino. Esse reino é um reino que liberta, é o reino da libertação, ele não faz escravos, ele não faz prisioneiros, ele só liberta. Todo mundo pode ser membro desse reino, não é como o Império romano em que quem não era romano era escravo dos romanos. Todo mundo pode ser membro desse reino, pode entrar nesse reino e, mesmo o que não entraram ainda nesse reino são abençoados por ele, porque mesmo que nem todos entrem no reino, o reino veio pra entrar na vida de todo mundo de alguma maneira. E esse reino extraordinário entra por exemplo, pela via econômica. Tem uma nova dinâmica a economia. Lá em 2ª Coríntios, 8.13 está escrito assim: "Porque não é para que os outros tenham alívio, e vós, sobrecarga; mas para que haja igualdade". Do quê que ele está falando? Ele está falando que aquele que colheu demais não deve ter sobrando para que aquele que colheu de menos não passe necessidade. Então tem uma nova economia nesse reino, uma economia solidária. A dinâmica desse reino do ponto de vista econômico é a solidariedade. Aquele que colheu de menos não vai passar necessidade porque aquele que colheu demais não vai acumular, vai repartir. Então é uma nova dinâmica no reino, uma nova economia. A economia deste reino é uma economia solidária. Esse reino traz a resposta pra uma das três perguntas que a humanidade faz. A humanidade sempre pergunta, entre outras coisas, o quê que a gente faz com a riqueza do planeta? E nós tentamos responder essa pergunta de várias maneiras, desde o tempo do escambo, em que havia a simples troca de mercadorias até o capitalismo moderno, do dinheiro de plástico, e nós não conseguimos evitar a fome e a miséria, não conseguimos debelar a pobreza. A resposta do reino de Deus é solidariedade. Quem colheu demais não acumule para que quem colheu de menos não passe necessidade. Todo mundo trabalha pra todo mundo. Isso é solidariedade. É a proposta econômica do reino. É uma proposta que passa por uma visão de responsabilidade para com o outro, porque em Efésios 4.28 diz: "Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado." Então como eu disse, essa perspectiva de Missão Integral, não é que Missão Integral é Igreja fazendo ação social, é Igreja tendo uma nova dinâmica de sociedade e agindo a partir dessa nova dinâmica, e essa nova dinâmica de sociedade é que, no que depender de nós, a sociedade humana tem de se parecer, o máximo possível, com o reino de Deus. E como é que a sociedade humana se parece o máximo possível com o reino de Deus? Do ponto de vista da economia, optando pela solidariedade. O que ganha demais não acumula para que o que ganha de menos não passe necessidade. Igualdade é o tema do apóstolo Paulo. Como é que isso acontece? "Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado." O interessante é que se esse texto dissesse: "Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe para poder pagar suas próprias contas" a gente acharia um bom texto, mas esse texto vai mais longe. Ele diz que: "Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado",ou seja, o contrário de roubar, na Bíblia, não é trabalhar para pagar as suas contas, o contrário de roubar na Bíblia é se responsabilizar pelos necessitados.

Ora, quando nós olhamos para um sistema, que basicamente se sustenta no roubo, porque o trabalho humano é lesado, é roubado, seres humanos não são recompensados à altura do seu sacrifício, então o reino de Deus chega, e o quê que vai mudar nesse sistema? Esse sistema vai ser um sistema que cuida prioritariamente dos necessitados, "todo mundo trabalha para todo mundo".

Mas vamos continuar nas Escrituras. Em Deuteronômio 25.4, e o apóstolo Paulo vai citar esse texto novamente, diz assim: "Não atarás a boca ao boi quando debulha". O boi está lá, debulhando o trigo e comendo dos grãos que debulha. E a ordem em Deuteronômio é: "deixe o boi comer, não vá fechar a boca do bichinho, deixe ele comer." Qual é o princípio que está aqui? O trabalhador tem de ser o primeiro a desfrutar do resultado do seu trabalho. O "sujeito" não pode trabalhar numa coisa que ele mesmo nunca vai ter acesso. O trabalhador tem de ser o primeiro a desfrutar do resultado do seu trabalho. Então isso é uma nova sociedade, uma sociedade que privilegia o trabalho e o trabalhador. Uma sociedade que diz: "O boi que está debulhando o milho, tem o direito de comer do milho que debulha. Deixa o bichinho comer. Qual é o problema? Ele que está fazendo o esforço, ele que está trabalhando, ele que está dando duro. Deixa ele comer do resultado do seu trabalho". Então o reino de Deus é uma nova dinâmica espiritual, no sentido de que a porta da libertação espiritual, metafísica, está aberta para todo mundo, mas é também uma nova dinâmica econômica. Todo mundo pode entrar no reino de Deus, mas o reino de Deus também veio para entrar na realidade de todo mundo. Por isso, quando a gente chega numa favela, e encontra uma criança brincando num esgoto aberto, e bate à porta da casa da pessoa que cuida da criança, ou é o pai da criança, ou é a mãe da criança, a gente pode bater à porta e quando ela atender, a gente pode dizer sem medo e sem nenhum constrangimento: "Eu vim trazer boas notícias para a senhora. O reino de Deus chegou e isso significa que a senhora não só tem a porta de acesso ao Todo Poderoso aberta para a senhora, mas também que agora o Todo Poderoso vem anunciar que a senhora tem direito a viver, a morar de maneira digna. E nós viemos nos irmanar com a senhora nessa luta pelo direito à propriedade que é seu, porque o reino de Deus chegou, e essa é a ordem do reino". O trabalhador tem de ser o primeiro a desfrutar do resultado do seu trabalho, e mais, a chegada do reino de Deus significa que vai haver uma mudança na estrutura agrária e urbana, porque está escrito em Isaías, capítulo 5, versículo 8: "Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos moradores no meio da terra!" A chegada do reino de Deus é a chegada de uma nova dimensão sobre o que é justiça agrária e justiça urbana. Então, imagine, a igreja que está vivendo Missão Integral, ela está tomando partidos, porque Deus tomou partido! Deus tomou partido, a Igreja toma partido. Deus diz que tem de ter igualdade e a igreja diz que tem de ter igualdade. E "se o cara chiar" a gente sempre pode dizer: "eu sou o papagaio de Deus. Deus ´falou´ igualdade, eu estou ´falando´ igualdade. Como eu não tenho altura para ser profeta, eu tenho pelo menos o jeito para ser papagaio. Então eu sou o papagaio de Deus, está certo? Eu sou o papagaio de Deus". Deus disse que é para ter igualdade, que quem colhe demais não é para acumular para que quem plantou de menos não tenha perdas, não passe necessidade, então, essa é a ordem. Deus disse "maldito o sujeito que reúne casa sobre casa e terra sobre terra até ser o único morador do lugar". Então tem de ter reforma agrária e tem de ter reforma urbana.

Um dia uma vereadora que disse que tinha se convertido (é, porque eu acredito na irmã mas eu não posso dizer, só Deus pode dizer quem se converteu). Ela falou que tinha, e eu falei:

— Que bom irmã, Deus a abençoe. Conversão é algo muito bom. Só faz bem se converter. A senhora está certa em vir para o reino de Deus. E aí ela falou assim:

— Então pastor, como o senhor acha que pode me ajudar aqui no meu mandato etc? Porque eu queria que o pessoal soubesse...

— A senhora quer que o pessoal saiba que a senhora é crente e tal?

— É! Eu gostaria que a igreja soubesse de mim! Aí eu falei:

— Ah! Isso é fácil! "Dois tempos, dois palitos". Eu vou dar uma sugestão para a senhora e na hora que a senhora fizer isso (ela era da "situação") a igreja toda vai saber da senhora, aliás, o mundo todo vai saber da senhora. Ela falou:

— É mesmo?!

— A senhora faz um projeto de Lei assim: "Todos os prédios ociosos na cidade de São Paulo, que estão sendo usados para especulação imobiliária e que estão com o IPTU nas alturas, que todo mundo sabe que o ´sujeito´ não vai pagar enquanto não vender aquilo por um preço ´biliardário´, estão automaticamente desapropriados socialmente para reforma urbana, para a habitação dos sem-teto". Aí ela olhou para mim e disse:

— O senhor está falando sério?

— Eu falei: Minha irmã, eu sou pastor. Pastor só fala sério. E isso é coisa seríssima. A senhora anota aí, pede aí para a moça que trabalha com a senhora para anotar aí. A senhora quer ser conhecida pela igreja? Pois então a senhora vai ser conhecida no mundo todo! E não vai lhe custar nada, não vou te pedir nem uma "ofertinha" por essa sugestão. A senhora só escreve aí, fala com o seu prefeito e faz um projeto de Lei: "Todos os prédios ociosos dessa cidade, que estão com o IPTU pelas tampas, estão desapropriados para uso social, para atender à demanda dos sem-teto". O quê que a senhora acha? Essa vai ser a maior prova da sua conversão.

— Pastor, a minha assessora anotou tudo! Eu falei:

— Eu vi minha senhora, eu vi...

Ficou na anotação. Eu acho que a moça deve ter perdido. É muito papel! Essas coisas acontecem...

Mas de qualquer maneira, o reino de Deus estabelece uma nova dinâmica. Uma nova dinâmica agrária.

A outra coisa que o reino muda é a política. O reino muda a dinâmica política. Lá em Mateus 20.25, o reino diz assim: "Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo". Mudou a política. Agora, o "sujeito" não está mais no poder, está no serviço. Os cristãos não perguntam: que partido está no poder? Os cristãos perguntam: que partido está no serviço? Que partido está na posição de diácono? Porque o maior é o que serve. Então esse é o maior? Então ele é o servo dos servos. Como ele está servindo à população?(...)

Então o quê que foi que mudou com a chegada do reino? Mudou a economia. Agora, a proposta é a solidariedade e o alvo é a igualdade. Mudou a relação de trabalho. Porque agora, o trabalhador tem de ser o primeiro a desfrutar do resultado do seu trabalho. Mudou a relação política. Agora, o "sujeito" não é eleito para assumir o poder, o "sujeito" é eleito para assumir o serviço. Se a Igreja ganha essa consciência, a Igreja se torna profeta dos profetas, se torna o grande arauto da justiça. E a Igreja "bota" a casa em ordem e diz para o pessoal que eles estão lá para servir. E isso no Brasil é extremamente importante, porque depois que D. João VI veio aqui e transformou o Brasil em Reino Unido: Portugal, Algarves e Brasil. E foi, na verdade, um golpe contra a gente, porque a gente nem era nação ainda e já tinha um Estado. Não tinha consciência de brasilidade, a não ser talvez os pernambucanos, que dizem que o Brasil nasceu lá, mas fora dos pernambucanos, todo mundo aqui era aventureiro. Nós nem tínhamos noção de brasilidade e aí chega o D. João VI e estabelece o Estado. A gente "dormiu colônia e acordou Estado". O Estado era um Estado monárquico e portanto era governado por nobres. Desde que isso aconteceu, todo "sujeito" no Brasil sonha em ser eleito para virar nobre. Já notou? Enquanto o cara não é eleito, você acha o cara em tudo quanto é lugar, ele é onipresente. Ubiqüidade se chama isso. Ubiqüidade política. Ele está em tudo quanto é lugar, você acha o homem em todo lugar. Depois que ele é eleito, ele vira nobre. Ele se encastela e você nunca mais acha o "dito cujo", ou a "dita cuja". Virou nobre! Todo mundo quer ser nobre! Pois então a Igreja brasileira tem de começar a ser a primeira a dizer: "não moço! O senhor não foi eleito para o poder, o senhor foi eleito para o serviço. Poder quem tem, é o ´sujeito´ que está com a carteirinha do Título de Eleitor. Esse é o pessoal que tem poder. O senhor foi chamado para o serviço. O senhor não é nobre. Nobre é a gente, o povo é nobre, o senhor é serviçal, então, faça o favor de prestar seu relatório.

E nós temos um programa. Um programa para a economia, um programa para a relação de trabalho e um programa para a relação com o poder.

E, finalmente, a chegada do reino de Deus significa a libertação do oprimido das mãos do opressor. Lá em Jeremias 21.12 diz: "Ó casa de Davi, assim diz o Senhor: Julgai pela manhã justamente e livrai o oprimido das mãos do opressor; para que não seja o meu furor como fogo e se acenda, sem que haja quem o apague, por causa da maldade das vossas ações".

Bom, Jesus de Nazaré é a raiz, é o broto da raiz de Jessé. Ele é o Senhor da Casa de Davi e ele veio para livrar o oprimido das mãos do opressor.

Então, quando eu penso em Missão Integral, eu penso que, o que nós estamos dizendo, o que eu apreendi de ler os mestres é que a missão da Igreja é integral, ou seja, a Igreja abre o reino para o mundo e muda o mundo com o reino.

Que Deus nos abençoe.

Extraído do portal Missão Integral

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Boas Vindas

Olá, bem-vindos ao meu blog!